Tão ou mais populares que o futebol, os concursos de Miss Venezuela esgotam estádios e, nas transmissões televisivas, atingem audiências de 80%. Entre uma população pobre e religiosa, as raparigas são, desde muito novas, levadas a acreditar que investir na beleza é o caminho da salvação. Mesmo que para isso tenham de recorrer às nada espirituais operações plásticas, relativamente baratas e bem vistas na Venezuela.
Os eventos sociais em Caracas são um festival de glamour e exuberância. Com corpos perfeitos assentes em saltos de um palmo de altura, as raparigas venezuelanas exibem constantemente para os flashes os sorrisos rasgados. Dos cocktails promovidos pela nova burguesia de Caracas, nascida dos poços de petróleo, até às famosas festas da "Playboy", altamente concorridas, a sensualidade multiplica-se em decotes pronunciados, ombros nus, lábios carnudos e pernas estonteantes.
Não é por acaso. Ser Miss Venezuela, por exemplo, pode abrir muitas portas. As vencedoras do concurso têm quase sempre fama e fortuna asseguradas. Barbara Teyde ganhou em 1986 e chegou a ministro do Turismo. Marisabel Rodríguez, ex-mulher de Chávez, foi modelo de cosméticos e tornou-se uma profissional de comunicação de sucesso.
Num país onde as escolas de misses são fábricas de sonhos em regime militar e as crianças fazem fila para ser penteadas e maquilhadas em centros comerciais, as mulheres são moldadas para dar nas vistas. Costuma dizer-se que a beleza não é tudo. Menos na Venezuela.
Fonte: http://www1.ionline.pt/interior/index.php?p=news-print&idNota=3696
Postado por: Débora
Miss Venezuela |
só gente bonita kkk
ResponderExcluirQue legal.
ResponderExcluirLegal.
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